.koan.samsara.satori.nirvana.
segunda-feira, novembro 20, 2006
 
QUANTO VALE?

Sim, faz tempo que eu não escrevo aqui. Não é por falta de idéias, não. É por prioridade.

Eu tenho um grupo de emeios com mais 3 grandes amigos. Não sei se eu posso falar dessa lista (a regra número 1 da lista é não falar dela). O que eu posso falar é que essa lista atualmente é prioridade pra mim. E escrever pra ela requer não só conteúdo, mas muita análise do texto a ser redigido e muita, mas muita paciência pra ler e responder.

Na lista, lido com 3 cabeças acima da média. Um é estudioso em Sociologia e muito aplicado a teorias. Outro é um filósofo perspicaz com acidez típica de Diogo Mainardi. O terceiro é um cabeção que, além de ter ficado em primeiro nos simulados do Sigma, hoje é um diplomata - e não é gay. No meio deles, um reles professor de inglês que passa seu tempo tocando guitarra.

Atualmente, gasto toda minha vontade de escrever nessa lista. Quer dizer, o tempo passa (são mais de cinco anos nela) e os vai-e-vem acontecem. A lista, hoje, e meus amigos também, merecem mais atenção do que os poucos leitores que aparecem aqui.

Não, eu não estou subjulgando vcs, leitores. Afinal, a única pessoa que eu sei que lê regularmente meu bololog é a Cachos, uma garota que é questão de tempo para virar uma brilhante pessoa. O fato é que eu às vezes eu redescubro o valor que essa lista de emeios têm na minha vida. A maioria das vezes, acontece algo ruim para que essa redescoberta venha à tona.

Quando esse algo ruim acontece, normalmente amaldiçoamos, lamentamos. É mais ou menos o que eu escrevi no post anterior. Bom, quantas vezes eu vi filmes cujos enredos só se desenrolaram após uma tragédia com o protagonista? No fim, o que temos é um filme belo, cheio de eventos bonitos ou significativos.

Espero que não aconteça nada de ruim pra eu ter que colocar este bololog no topo das prioridades. Mas, sinceramente...
 
segunda-feira, novembro 13, 2006
 
PORQUÊ


De repente, após adiar tantas vezes, deixar de lado tantas vezes, você se vê rodeado de problemas, hábitos desagradáveis, atitudes nada legais.

Claro! Afinal, no nosso dia-a-dia, temos que nos preocupar com tantas coisas - trabalho, estudos, amizades, lazer, compromissos - que esquecemos de fazer aquele scan disk pessoal.

Nesse ínterim, agimos de formas que nos desagradam; muitos não percebem, outros são fatalistas, mas alguns sabem que aquilo é sintoma de algo que precisa ser compreendido e mudado.

A sujeira acumula; a bagunça toma conta. Da mesma forma que vc não tem tempo de arrumar seu quarto, sua casa, vc não tem tempo de arrumar vc.

Vc vive chegando atrasado nos lugares; perde a paciência por pouca coisa; se mostra intolerante; inveja outros por eles poderem fazer coisas que vc não pode. Imundície.

Daí, um dia, vc se vê no fundo do poço. Assim, de repente, aquela sua voz interior grita lá de cima "SAI DAÍ!". Não dá pra cavar mais. Vc precisa é achar um jeito de escalar o poço.

Mas, pra isso, vc tem que voltar pra si mesmo e encarar todas essas sujeiras. Deve ser tão difícil pra nós quanto é pra um cachorro tomar banho de mangueira.

Mas o segredo está em aceitar a dor e esquecer o sofrimento. Como muitos dizem, a dor é inevitável; o sofrimento... bom, ele é opcional.

Ao entender que precisamos da dor pra crescer, pra valorizar, pra aprender, paramos de sofrer. Internalizamos que temos que passar por essas situações dolorosas. Agora, se sofremos, nos vitimamos, lamentamos, perguntamos 'Deus, por quê eu?!?!?', só multiplicamos nosso suplício.

Assim, quando lemos em textos religiosos que o bom é 'sofrer com alegria', não devemos pensar 'nossa, esses caras são masoquistas'. Putz, como eram eles sábios! Em vez de sofrerem com o inevitável, jubilavam por saber que, após aquilo, colheriam os louros da sabedoria.

O melhor de tudo, entretanto, é saber que a solução de nossos problemas não depende de ninguém a não ser nós mesmos. Basta nos ouvir.
 
sábado, novembro 11, 2006
 
LOST IN TRANSLATION

Guim acabou de me mandar um linque para um videozinho muito sacana. Nele, brasileiros inventam uma nova tradução para "Zico é o melhor." Vejam a expressão do japa, gritando algo que ele nem sabe, e perguntando o que é só depois de passar horas repetindo isso...

Quantas vezes nós não agimos como ele? Vemos as pessoas fazendo coisas que significam algo pra elas e não hesitamos em imitar. Será que, se ele soubesse o que 'peru pequeno' realmente é, e soubesse da fama que o objeto fálico japa tem no Brasil, ele estaria tão empolgado com essa frase?

Bom, se o japa soubesse o que a frase realmente significava, ele indagaria: 'ué, como sabe?!', checando se o zíper da calça está aberto.

Mas isso me lembrou de quando eu estava no aeroporto JFK, um imenso aglomerado de terminais no bairro do Queens, em NYC. Lá, as companhias aéreas são organizadas por país.

Estávamos eu e meu amigo Óhn-óhn procurando o pessoal do nosso grupo turístico. Olhamos para um lado, um monte de clone de olho puxado: japas. Olhamos pro outro, um monte de loira peituda saindo da sauna: suecos. Mais à frente, um monte de boiola e gatas magrinhas coçando o cabelo do suvaco e fumando cinco cigarros ao mesmo tempo: francesas. Adiante, jovens garotas de bigode: portugueses.

De repente, vi ao longe uma bola de futebol voando. Chego mais perto, um pai (!) jogando futebol com seus dois filhinhos dentro do saguão. Um gringo deficiente físico passou num carrinho e quase atropelou a bola, além do susto que tomou. Claro que o pai ficou puto e reclamou. Ah! exclamei, aliviado, chegamos ao saguão do Brasil.

Essa história é verídica, e mostra quão espontâneo, descontraído, irreverente nós somos.

Caso você não tenha percebido, estou sendo sarcástico.
 
terça-feira, novembro 07, 2006
 
EL TESORO DA NOSSA ILHA CRESCE, MI PRESIDENTE!


Quase não vejo TV. Na verdade, às vezes vejo DFTV, Globo Esporte ou alguma coisa que passa quando eu tô jantando.

Na maioria das vezes, eu vejo minhas fitas de Simpsons ou algum DVD. Prefiro a internerd ou até joguinhos de PC pra me informar.

Hoje, por exemplo, eu vi no DFTV que uma escola-classe estava sem aulas porque estava caindo aos pedaços. Claro que a edição do DFTV mostrou crianças 'indignadas', querendo sua escola de volta.

A responsável pelas reformas nas escolas públicas foi entrevistada. Disse ela que nada pode ser feito agora devido a restrições orçamentárias. Até aí, as pessoas pensam "como pode isso?".

Voltando aos joguinhos de PC. Eu tenho um jogo chamado 'Tropico'. Nele, nós somos presidente de uma ilha tropical e, entre outras coisas, temos que fazer uma civilização dentro dela.

Claro que o povo mais atrapalha que ajuda. Afinal, não estamos governando para o povo, e sim para a ilha (Nação). Ou seja: mesmo se o povo morre de fome, precisa de hospital ou quer educação, não podemos fazer nada se isso atrapalha o desenvolvimento do país.

Depois que eu aprendi isso, comecei a ficar craque no jogo. Já a Isa, na primeira vez que jogou, me censurou: 'Makoto, o povo quer comida, quer hospital, quer escola!'

Eu retruquei: 'Isa, primeiro vc tem que garantir grana pra manter esses gastos.' Veja que desumano eu sou: enquanto a Isa pensava no bem-estar do povo, eu tratava tudo isso como gastos. Pra mim, o mais importante era plantação de tabaco, construção de indústrias, mineração de ouro.

Após minutos de censuras e difamações, deixei a Isa governar meu já próspero país. E lá vai Isa colocando hospital e escola e igreja e tudo mais. Era tudo que o povo queria!

Em dois anos (no tempo do jogo, claro), a Isa já tinha um déficit de 4.000 e o povo, claro, continuava reclamando...

Um jogo aparentemente inútil me fez aprender sobre Administração. Acho que nem o DFTV nem Globo Esporte me ensinariam isso tão didaticamente e de maneira tão agradável.

Agora, vou jogar Super Mario e ver se aprendo mais com encanadores.
 
quinta-feira, novembro 02, 2006
 
CENAS DE NOVELA DE MANOEL CARLOS

Ontem eu tava conversando com a Isa no supermercado. Ela queria porque queria que eu procurasse uma namorada ou algo assim. Disse a ela que preferia que a relação
fosse uma consequência dos eventos, e não a causa. Procurar namorada significa querer inventar uma relação com alguém. Pra mim, namoro não se inventa, ele
acontece.

É complicado. Eu não consigo mudar meus hábitos, minha rotina pra passar mais tempo com uma pessoa e, assim, aumentar as chances de acontecer algo. O legal é naturalmente vc ir construindo uma relação com a pessoa até o dia em que estala na sua cabeça 'vai rolar'. É difícil, mas acontece.

Larrô, quando estávamos cozinhando nossa bruschetta e batata alemã, me disse que deve ser muito estranho eu namorar, porque eu não ia querer beijo e abraço dela. Bom, se eu não beijar e abraçar a mina, vai ser uma amizade. Afinal, o que caracteriza um namoro é a troca de carícias e a atração física.

Hoje, antes do nosso ensaio de 3 horas e meia, Emilinha me falou que não queria ter um namoro pra viver as mesmas coisas de um namoro anterior; que cada namoro tinha que ser algo diferente. Isso é inevitável, porque nós somos diferentes sempre que começamos um novo namoro.

Mas o que eu tenho pra tirar disso? Parece-me que o processo de arranjar namorado(a) e o namoro em si são coisas que as pessoas planejam. Relações amorosas interpessoais, então, são baseadas em compromissos, como se falar todo dia, dar presente, ter piti de ciuminho, e por aí vai.

A única coisa que eu procuraria num namoro é aproveitar a relação que eu tenho com minha namorada. Só. O resto vem naturalmente.

Mas o ser humano precisa mais que um sentimento pra ligar duas pessoas. A partir disso, o resto seria consequência, e não requisito. Se eu só te amasse, não seria o suficiente?

PS: Pelo menos, Isa me deixou feliz: despretensiosamente, ela sugeriu que eu pegasse, assim, sem o menor esforço, uma areia muito grande pro meu caminhãozinho. Fodão, fodaço.
 
Um espaço pra todos lerem, pensarem e emitirem opiniões, clichês, dúvidas, críticas, palavrões, pela-saquices... ou seja: comunicação e interação! Comentários são mais que bem-vindos... eles são obrigatórios! As críticas me mostram no que posso melhorar; os elogios me mostram no que estou acertando. Sou o que sou, mas também sou que acham de mim, pois vivo em sociedade. Como diria Batman: "Não é o que eu sou, mas o que eu faço é o que me define."

Nome:
Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Ué, achei que já tinha respondido a esta pergunta... msn: nemchama@hotmail.com

ARCHIVES
11/01/2004 - 12/01/2004 / 01/01/2006 - 02/01/2006 / 02/01/2006 - 03/01/2006 / 03/01/2006 - 04/01/2006 / 04/01/2006 - 05/01/2006 / 05/01/2006 - 06/01/2006 / 10/01/2006 - 11/01/2006 / 11/01/2006 - 12/01/2006 / 12/01/2006 - 01/01/2007 / 01/01/2007 - 02/01/2007 / 02/01/2007 - 03/01/2007 / 03/01/2007 - 04/01/2007 / 04/01/2007 - 05/01/2007 / 05/01/2007 - 06/01/2007 / 06/01/2007 - 07/01/2007 / 07/01/2007 - 08/01/2007 / 08/01/2007 - 09/01/2007 / 10/01/2007 - 11/01/2007 / 05/01/2008 - 06/01/2008 /


Powered by Blogger