.koan.samsara.satori.nirvana.
terça-feira, outubro 31, 2006
 
ESPELHO, ESPELHO MEU

Eu ia escrever meu post grande de domingo sobre as eleições, mas pensei que tinha outras coisas mais importantes pra fazer.

De qualquer forma, eu só ia escrever que nossos governantes (Executivo), representantes (Legislativo) e fiscais (Judiciário) são o reflexo do que nós somos.

Ou seja, se achamos nosso Governo burro, corrupto, moroso; se achamos nosso Congresso mesquinho, interesseiro, egoísta; se achamos nosso Tribunal pomposo, arrogante, parcial, é porque nós também somos.

Afinal, vc nunca sonegou imposto? Vc nunca tentou levar vantagem? Vc nunca fez corpo mole por coisas que não te interessavam?

Mas, mais do que isso, o maior reflexo do brasileiro no Governo é: acusam os outros, mas fazem a mesma coisa.

Isto somos nós.

-----> Hoje tem Vinils no IESB das 20:30 às 21:00. Roubadas da Eulália.
 
sábado, outubro 28, 2006
 
O PERFIL DE CADA UM

Estou aqui, conversando com o Guim via msn. Ele acaba de me dizer que sentiu falta de comentários no post 'Loser, My Religion'. No post anterior a este, escrevi que várias pessoas me comentaram sobre o texto, mas não quiseram escrever aqui. Ele disse o mesmo.

Uma das pessoas disse que o tópico do post 'era muita coisa pra pouca coisa'. Concordo. Não há como discordar. Afinal, para essa pessoa, é pouca coisa. Mas pra outras, pode não ser. O bom de se ter liberdade de expressão é que, ao escrevermos o que queremos, acabamos encontrando pessoas que também acham que aquelas 'poucas coisas' são 'muitas coisas'. Isso vai de cada um.

Do mesmo modo, às vezes eu tenho aquela impressão de que as pessoas levam a sério demais o que eu escrevo. Eu só quero escrever e ler os comentários dos que me lêem. Mas, claro, a seriedade com que o leitor encara os textos depende do perfil da pessoa.

É por essa razão que eu tenho convicção de que um dia eu ainda acharei uma mina muito gata e legal e que gosta de mim. Sim, eu disse muito gata. E LEGAL. Putz, mas gatisse e legalzice são relativos. Espero não estar bêbado no dia em que eu encontrá-la, então.
 
sexta-feira, outubro 27, 2006
 
TOMA LÁ, DÁ CÁ


Sim,

Estou sem escrever há alguns dias. Pelo número de comentários aqui, acho que ninguém liga. O interessante é que eu fiquei sabendo que várias pessoas leram o post do Loser. Mas, claro, têm preguiça de escrever suas opiniões.

Não, não adianta dizer que não tem opinião nenhuma. Afinal, é impossível alguém sem opinião sobre o assunto ler até o fim um post enorme e depois comentar sobre ele na rua.

De qualquer forma, não escrevi nos últimos dias simplesmente porque tenho muita coisa pra escrever. Explico: tenho pouco tempo pra postar aqui, mas quando eu começo a escrever, não paro. Daí, eu me atraso pras outras coisas, ou não fico satisfeito com o que escrevi aqui.

Mas tudo é uma questão de aprender. Eu aprendo a escrever menos, vc aprende a deixar um comentário aqui, que tal?
 
terça-feira, outubro 24, 2006
 
A CHAPEUZINHO DEU NA LOUCA


Acabei de ir ao cinema. Dia de semana é bom, porque tem menos gente e é mais barato. Mesmo assim, tive a sorte de sentar junto com a galera que mais incomodava com barulho no cinema: a minha.

Mas isso não vem ao caso. Quero comentar do filme, 'Deu a Louca na Chapeuzinho'. Nome idiota, que nada tem a ver com o original (Hoodwinked, um trocadilho para "enganado" e "gorro", no caso, nome em inglês da Chapeuzinho - Little Red Riding Hood). Preferiria "A Chapeuzinho Deu na Louca".

O filme é muito bom, apesar de ter sido dublado. Aliás, a surpresa está por conta da dublagem, que não incomodou. E, nada surpreendente, gostei do comparsa do personagem principal, o Ligeirinho. É daqueles personagens feitos pra rir, e que sempre nos faz lembrar de um amigo que temos - no meu caso, a Claques.

Mas, no fim, fico com a versão aborrescente da Chapeuzinho... uns 5 anos mais velha, eu dava uns malhos nela.
 
segunda-feira, outubro 23, 2006
 
LOSER, MY RELIGION


‘Namorados olhando o pôr-do-sol na praia.
Namorado: o mar, quando bate na praia, é lindo, lindo...
Namorada: Nossa, que coisa feia!
Namorado: Isso é Vinícius.
Namorada: Ai, que lindo...’

(Tirada de uma tira ‘Chiclete com Banana’, de Angeli)



Passei o dia ouvindo os discos dos Los Hermanos que consegui baixar. Deve ser a terceira vez que faço isso, tentando achar algo que eu goste na música deles. Não foi dessa vez.

Sim, concordo que eles são bons, que as músicas são bem-feitas. São respeitados tanto por Faustão quanto por Chico Buarque. Seus discos vendem como água, e suas músicas fazem jus ao primeiro escalão da MPB. Mesmo assim, não engulo. Não gosto. Não ouço. Bom, não acho que tenho que gostar de tudo que é bom, e não acho que eu goste só do que é bom. Afinal, eu gosto de Biohazard.

Tá certo que os membros da banda são legais, muito na deles, não parecem interessados com o sucesso. Já cheguei a conversar com um deles uns 5, 6 anos atrás. O cara tão simples que eu não sabia que era de banda famosa. Leio o bololog do Medina, textos bacanas. As entrevistas com eles são muito descontraídas, com idéias e sacadas interessantes. Mas a música...

Voltando ao primeiro parágrafo. Explico porque estou tentando enfiar na minha cabeça pela terceira vez as músicas deles. Tudo começou com os três shows dos Loser Manos no IESB. Nada de mais, claro, não fosse a força descomunal que alguns alunos meus (e conhecidos) fizeram pra estarem lá, ou pelo menos alardearem que estariam lá.

A pergunta que me veio à cabeça é: o que faz alguém matar aulas pra estar no mesmo show, no mesmo lugar, com a mesma banda tocando basicamente as mesmas músicas? Tudo bem, você arranja qualquer desculpa para matar aula. Mas isso não era uma desculpa, e sim uma vontade incontrolável. De ouvir as músicas dos Loser? Não, não. De estar lá, apenas.

O efeito Loser Manos na cultura musical brasileira vai além da popularização da MPB. O efeito colateral de tudo isso é a popularização dos PIMBAs.

Pseudo Intelectual Metido a Besta Associado


Eu diria que isso não me incomodaria se não fosse o fato dos PIMBAs (e dos ‘Quero Ser PIMBAs’, versão paraguaia dos PIMBAs) me encherem o saco sobre Loser Manos, como se eles fossem geniais como os Beatles, como se fosse questão de vida ou morte todos no mundo saberem que eles curtem Loser, e como se meu ouvido fosse penico.

Ora, você já não gosta da música, e ainda vêm dois ou três chatos com pipipipópópó sobre algo que você acha um porre. E eles não vão parar enquanto você não fizer aquela cara de ‘que demais, como vocês são fodas em ser fãs deles; nossa, quando eu crescer, quero ser igual a vocês’.

Pior ainda quando um deles mostra algo dos Loser como se fosse único. Há uma música deles, com tal de suin, que um dia me foi passado como sendo a oitava maravilha da poesia. ‘Uau’, disse minha amiga, ‘olha a sacada do Camelo na letra. Ele pega a sílaba de uma palavra e começa a outra.’.

Uma idéia de Camões, Clarice Lispector e de vários espiões da KGB e CIA foi usada para fazer uma letra, o que tem seus méritos. Só que isso não faz deles os gênios que seus fãs tanto teimam. Mais interessante ainda foi a reação da fã, que descobrira o ovo de Colombo.

Quer mais? Aqueles trombones à lá Chico Buarque, tão necessários no musical “Os Saltimbancos”, são usados à exaustão nos discos deles. Pelo menos, pegaram uma idéia de outro gênio da MPB outrora incompreendido pelos fãs. Claro que, ao ouvirem os sopros graves do instrumento, os fãs dos Loser descobrem um mundo novo! ‘Nossa!’, alardeiam, ‘eles conseguem colocar trombone nas músicas!’.


Concluo, então, que os Loser nem precisam ser bons como são para agradar aos ouvidos dos fãs. Se eles gravassem o pum de um deles nas gravações e colocassem na música, ainda assim teria PIMBA dizendo que o arranjo está mais orgânico, algo mais pessoal, que saiu do fundo deles...

Ou seja: Los Hermanos é vítima de seus seguidores. Claro que há aqueles que gostam de suas músicas – e se satisfazem só com isso. Não seriam esses os fãs? Bom, eu conheço umas pessoas que gostam das músicas deles, mas dizem que não iriam mais aos shows deles ‘porque os fãs de Loser Manos são muito chatos.’ Que confusão. Achei que fã era aquele que ouvias as músicas e ia aos shows.


Escute essa canção ou qualquer bobagem...


No entanto, há aqueles que vão passar muitos anos seguindo cartilhas e tendências para serem considerados fãs dos Loser – e serem vistos como tal. Nem que, para isso, se tenha que matar aula; ou decorar de qual membro da banda você tem que gostar por causa da barba, de qual você tem que gostar por causa da dancinha no palco...

Como numa religião – ou qualquer ideologia cega, hoje temos seguidores de uma seita que, assim como os católicos, seguem regras rígidas para se encaixar; ou como os evangélicos, que passam a maior parte do tempo mostrando como adoram ao Senhor do que simplesmente adorarem. No meio de rituais, nos modos de se vestir e se comportar, não sobra tempo para simplesmente ouvir a música.




"Veja bem, meu bem..."


Mas dá pra achar um bom ponto: Os Loser abriram as portas para um tipo de música que, até então, era rejeitado pelo brasileiro. Pena que o brasileiro não esteja interessado em ver o que há do outro lado da porta. Claro, ele é esperto o bastante pra saber que os Loser estão deste lado. Pra quê ir pro outro lado, então?

Oras, nomes como Ed Motta, Edith Piaf, Mutantes, Secos e Molhados e Pato Fu estão entre as influências explícitas dos Los Hermanos. Logo, seria natural gostar das músicas deles também. Mas quem disse que é da música que os fãs gostam? E quem disse que é dos ensinamentos que os cristãos gostam?

E isso é uma pena. Acredito que, como Gaúcho bem disse, o importante não é o elogio, o reconhecimento, a adoração de um fato, uma idéia, uma obra. O importante são os frutos que se obtêm a partir do fato, da idéia, da obra. Não me adorem, mas façam algo a partir daquilo que eu fiz.

Fãs de Loser Manos me parecem mais preocupados em ser fãs dos Loser – e demonstrar a cada duas frases que o é – do que buscar outros artistas do gênero, ou simplesmente curtir a música e ir aos shows para curtir a música.

Como num show de calouros frenético, imagino que eu acharia no meio do público pessoas tentando gritar mais que a outra, tirando mais fotos que as outras, igual a um show dos RBD ou Sandy & Júnior.

Após o show, claro, alguns iam direto pra casa postar as fotos a jactar-se por terem conseguido falar com eles. Ou postar na comunidade Loser Manos do Orkut que o show foi demais e que ‘eles tocaram O Circo Pegou Fogo pra mim, ai!’

Talvez outros se reuniriam num café para discutir o impacto filosófico que Amarante fez nos fãs mais radicais ao mudar a letra de ‘meu bem’ para ‘meu mel’ numa das músicas tocadas no show.

Aliás, desconfie de qualquer um que saiba todas as letras e diga gostar de todas as músicas dos Loser. ‘Toda unanimidade é burra’, já dizia Nelson Rodrigues. Acho que nem os membros da banda sabem e gostam de todas as músicas que fizeram. São inteligentes demais pra tal estupidez.

Falando nisso, o que eles pensariam do que eu escrevi? Acredito que Barba, Medina, Amarante e Camelo estão acima disso tudo – assim como Deus, eles me parecem tão indiferentes ao sucesso, tão acima de nós, anônimos, que chega a ser ridícula a adoração dos PIMBAs.

Los Hermanos?


Mas, ao fazerem alunos meus matarem aula pra bater ponto no show; ou ao aumentar a população de PIMBAs e QSPIMBAs, talvez eles devessem aguentar o que eu e mais muitos outros temos que agüentar de seus fãs...

*Gaúcho é fã dos Los Hermanos, mas colaborou com este post. Segundo ele, "quero ver o circo pegar fogo, hehehe..."

Frase da Hora: "Então fique em silêncio cinco minutos..." (Rebeldes)

 
sábado, outubro 21, 2006
 
INADEQUAÇÃO ETÁRIA

Hoje tem festa de 15 anos.

Quando eu era moleque, fui a uma festa de 15 anos - a da minha irmã. Não me lembro de, antes dos 21 anos, ter ido a outra festa de 15 anos, nem à minha.

Eis que, em 2006, já fui convidado para 3. Em 2005, para 3. E assim vai. Quando se tem 27 anos, entretanto, vc espera ser chamado para casamentos. Só fui chamado pra um - graças a Deus. Fico imaginando se, aos 70 anos, começarão as festas de casamento na minha vida, enquanto meus amigos frequentarão UTIs e velórios.

Mas por que eu iria me queixar de ir a festas de adolescente, em vez de adulto? É só uma questão de nomes diferentes para ocasiões parecidas.

No fim das contas, é tudo a mesma coisa: vc vai pra festa de paletó e gravata - a senha pra entrar. Logo após isso, vc tira a gravata (que vc levou 30 minutos pra arrumar), arregaça as mangas (mais 10 minutos gastos) e deixa o paletó na cadeira. Lembrando que o paletó custará 30 pilas pra ser lavado.

Em uma hora de festa, mulheres (no casamento) e as pirralhas (na festa de 15 anos) já estarão descalças, com os penteados desfeitos, e meio altas por causa do uísque (casamento) e do Keep Cooler (15 anos).

Claro que, no casamento, há tráfico de lança-perfume. Na festa de 15, sucos gummy.

No fim da festa, um monte de gente bêbada chorando porque levou fora, porque a vida é uma merda (casamento - meu trabalho, meus amigos; 15 anos - minha escola, meus piriguetes). Ou então, carros indo para o motel mais próximo (casamento) ou táxis indo pro Pontão (festa de 15 anos).

Então, qual a diferença? Seria na maturidade, no nível intelectual, no senso crítico, nas CNTP? Claro que não, festa é festa.

A diferença é que, no casamento, vc tem que aguentar por uma hora o padre falando portuliano de propósito e mostrar os dentes pra dizer que aquilo tudo é bacana e faz sentido. Na festa de 15 anos, é só... festa.
 
sexta-feira, outubro 20, 2006
 
EU E OS PAIS

Hoje teve reunião de pais e professores no CNA, escola de inglês onde eu trabalho.

Incrível como os pais que nunca me viram demoram pra associar 'Makoto', um nome sério, adulto, japonês, com a minha figura. Alguns ficam um tempo olhando pra mim, pras minhas tatuagens, se perguntando "é esse mesmo o professor do meu filho?"

No fim da conversa, eles me parecem muito amistosos, compreensivos, até aceitam o fato de eu ser professor do filho deles.

Obrigado pela confiança. E parabéns pela desconfiança. Afinal, a certeza só vem depois da dúvida!
 
quinta-feira, outubro 19, 2006
 
HÁ TEMPOS

De um dia pro outro, me vi com tempo suficiente pra poder atualizar o bololog diariamente.

Quando Einstein disse que o tempo é relativo, ele não mencionou apenas que o tempo é maleável fisicamente, mas também em vários outros níveis. Basta a gente se organizar direitinho pra achar tempo pra o que queremos fazer.

O problema, entrentanto, é achar nossas prioridades. Temos tanto a fazer que não sabemos o que fazer primeiro. Tente saber, então. É um excelente exercício de auto-conhecimento e satisfação. Afinal, nos conhecemos à medida que sabemos o que queremos; e, ao fazermos o que queremos, ficamos satisfeitos com isso.

Xii! O problema é que eu tenho tantas obrigações que não sobra tempo. Sobra, sim. Se vc tem tanta obrigação assim, então vá à Delegacia e denuncie seu pai, sua mãe, seu chefe, seu professor.

Ou, então, acorde cedo, faça poucas coisas, devagarzinho, e veja a diferença. O tempo é relativo.

Frase da Hora: "Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu." (Eclesiastes)
 
quarta-feira, outubro 18, 2006
 
USUÁRIOS NÃO-CADASTRADOS

Interessante como as pessoas dizem que aparecem aqui mas nunca deixam recados.

Eu sempre acreditei que uma página boa é uma página feita com a colaboração de todos. Muito antes de aparecerem esses tais de mods e segundas gerações de sites (como youtube.com), nos quais os visitantes que fazem as páginas, eu já tentava fazer isso aqui.

No fim das contas, Villamil, professor panamenho de espanhol, me disse também que vem aqui sempre. Pediu pra que eu escrevesse sobre um assunto que, pra ele, é muito importante ultimamente.

Confesso que é desanimador escrever aqui e não receber respostas, críticas e opiniões. Mas eu mantenho a regularidade e espero que as pessoas que lêem aqui promovam e acrescentem idéias.
 
terça-feira, outubro 17, 2006
 
GOVERNO TAMBÉM É CULTURA

É fato:

A maior fatia de páginas acessadas na internerd é de putaria ou piratarias, como torrents e cracks. O ser humano é foda, incluindo eu.

Engraçado que, quando precisamos de informações úteis, como ajuda pra provas, pesquisas e deveres de casa, não procuramos as páginas de busca, e sim outras pessoas. Afinal, pra quê procurar por essas coisas chatas, se há quem nos possa dar na boquinha?

Pois que, numa exceção ao senso comum, o Ministério da Educação criou um site que facilita muito nossa vida: o www.dominiopublico.gov.br Lá, o Governo disponibiliza clássicos em vídeo, imagem, som e textos gratuitamente.

O problema é que o site está pra fechar por falta de pessoas interessadas em acessá-lo. Se cada um de nós baixarmos uma música do Chico, um conto do Monteiro, uma foto do Salgado, talvez isso mude.


Dá pra achar gateenhas em lugares mais absurdos...


Quando tiver um tempinho, em vez de eu procurar ninfetas alucinadas no fotolog.com ou crack pra quebrar o código do meu jogo pirata baixado no emule, vou dar uma olhada no acervo. Quem sabe, eu acho algo de bacana lá?

 
segunda-feira, outubro 16, 2006
 
1 + 1 = 2

Bom,

Algumas mudanças aqui neste bololog após vários meses parados.

A primeira mudança é na data de atualização. Acredito que eu vá colocar pequenas coisas aqui todos os dias, e escrever posts mais elaborados no fim de semana para postá-los na segunda-feira.

A segunda mudança é bem mais bacana. Pra isso, tenho que contar uma história.

Pra quem não sabe, eu tenho um amigo cabeção chamado Gaúcho, Guim, Quilha, Guil. Entre outras coisas, ele é baixista da Vinils Band e faz doutorado em Biologia lá na Escócia.




Não vamos nos reprimir neste bololog, prometemos!


Quando ensaiávamos na casa do Diogo aos domingos, sempre nos sentávamos à mesa da cozinha após os ensaios pra bater papo. As conversas começavam de várias formas: com piadas, causos, eventos cotidianos... mas sempre acabava em algo muito mais profundo, com temas filosóficos e existenciais.

Acabou que, com o tempo, essas conversas ficaram mais regulares, a ponto de acontecerem várias vezes na cozinha aqui de casa, ou em um restaurante.


O fatídico local...


Apesar de várias pessoas terem feito parte da conversa, como Poser, Diogo e Isa, o núcleo sempre foi Gaúcho e eu. E isso me fez lembrar de um livro baseado em cartas trocadas entre dois amigos, Umberto Eco e Carlos Maria Martini. Na verdade, as cartas eram sobre discussões filosóficas muito inspiradas, cujos autores acharam por bem compartilhá-las conosco.

Cheguei a propor ao Gaúcho algo mais sistemático nas conversas pra podermos angariar o bastante e, assim, editar alguma coisa bacana. Mas acredito que um dos ingredientes das conversas, a espontaneidade, desapareceria. Isso nunca aconteceu, então.

Pois não é que Gaúcho se foi pra Escócia em julho e volta só ano que vem?! Não temos nossas conversas de cozinha, mas resolvi, então, retomar meus posts aqui com a ajuda dele.

A partir de hoje, os posts que eu escrevo aqui serão passados a ele. Ou escreverei posts a partir de frutíferos colóquios que tivermos. Dividirei os louros e as críticas com tal rapaz.

Gaúcho, alguma coisa a dizer?

Opa galera, tô na área (mas nem tanto)...

Bom, não vou ficar xaropando ninguém com mais introduções, até porque o Makoto já disse tudo que faz algum sentido dizer sobre mim.

Conheço o Makoto já de longa data, de longos papos e tenho também acompanhado os posts dele o suficiente pra dizer que a gente tem uma confluência grande de interesses e uma forma muito diferente de pensar e de escrever. O que vai sair daí, eu não sei. Se vai servir pra alguma coisa, ou pra alguém além da gente, também não sei. Meu único desejo é que inspire outras pessoas, que seja por um milésimo de segundo, mesmo que lampejo seja jogado fora e esquecido pra sempre.

Apesar do objetivo ser bastante ousado, não gostaria que as pessoas levassem muito a sério o que aparecer por aqui, afinal de contas, muitas das idéias não serão nem de nossa autoria; Muitas vezes serão só as nossas interpretações do que a gente lê, o que pode variar de contribuições significativas a arremedos. Não esperem genialidade, nem nada, principalmente de mim, porque vou encarar o blog como um esboço do meu período atual de vida, pois quero ter todo o direito de mudar de idéias quando quiser e pelo motivo que quiser.

No mais, quero agradecer o Makoto pela consideração e pela iniciativa.

Um abraço a todos,

Makoto e Gaúcho

Frase da Hora: "Quatro cabeças pensam melhor que duas." (Ditado machista)

 
Um espaço pra todos lerem, pensarem e emitirem opiniões, clichês, dúvidas, críticas, palavrões, pela-saquices... ou seja: comunicação e interação! Comentários são mais que bem-vindos... eles são obrigatórios! As críticas me mostram no que posso melhorar; os elogios me mostram no que estou acertando. Sou o que sou, mas também sou que acham de mim, pois vivo em sociedade. Como diria Batman: "Não é o que eu sou, mas o que eu faço é o que me define."

Nome:
Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Ué, achei que já tinha respondido a esta pergunta... msn: nemchama@hotmail.com

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