Quase não vejo TV. Na verdade, às vezes vejo DFTV, Globo Esporte ou alguma coisa que passa quando eu tô jantando.
Na maioria das vezes, eu vejo minhas fitas de Simpsons ou algum DVD. Prefiro a internerd ou até joguinhos de PC pra me informar.
Hoje, por exemplo, eu vi no DFTV que uma escola-classe estava sem aulas porque estava caindo aos pedaços. Claro que a edição do DFTV mostrou crianças 'indignadas', querendo sua escola de volta.
A responsável pelas reformas nas escolas públicas foi entrevistada. Disse ela que nada pode ser feito agora devido a restrições orçamentárias. Até aí, as pessoas pensam "como pode isso?".
Voltando aos joguinhos de PC. Eu tenho um jogo chamado '
Tropico'. Nele, nós somos presidente de uma ilha tropical e, entre outras coisas, temos que fazer uma civilização dentro dela.
Claro que o povo mais atrapalha que ajuda. Afinal, não estamos governando para o povo, e sim para a ilha (Nação). Ou seja: mesmo se o povo morre de fome, precisa de hospital ou quer educação, não podemos fazer nada se isso atrapalha o desenvolvimento do país.
Depois que eu aprendi isso, comecei a ficar craque no jogo. Já a Isa, na primeira vez que jogou, me censurou: 'Makoto, o povo quer comida, quer hospital, quer escola!'
Eu retruquei: 'Isa, primeiro vc tem que garantir grana pra manter esses gastos.' Veja que desumano eu sou: enquanto a Isa pensava no bem-estar do povo, eu tratava tudo isso como gastos. Pra mim, o mais importante era plantação de tabaco, construção de indústrias, mineração de ouro.
Após minutos de censuras e difamações, deixei a Isa governar meu já próspero país. E lá vai Isa colocando hospital e escola e igreja e tudo mais. Era tudo que o povo queria!
Em dois anos (no tempo do jogo, claro), a Isa já tinha um déficit de 4.000 e o povo, claro, continuava reclamando...
Um jogo aparentemente inútil me fez aprender sobre Administração. Acho que nem o DFTV nem Globo Esporte me ensinariam isso tão didaticamente e de maneira tão agradável.
Agora, vou jogar Super Mario e ver se aprendo mais com encanadores.