Essa pequena frase resume Sócrates, pelo menos pra mim. Incrível como que, quanto mais você sabe, mais você descobre que não sabe.
Eu achava que sabia, mas fui ingênuo, tolo. Agora, eu sei que não sei, e não me sinto mais sábio que antes por isso.
Penso como um adulto, mas sinto como uma criança. Tento segurar algo intangível, que só existe em minha cabeça e em meu coração. Tento possuir algo que não pode ser possuído, pois ele existe em todo lugar; é maior que eu.
Por que, então?
Se pudesse apenas sentir como uma criança, seria feliz. É delas o Reino dos Céus, já disse Jesus. Mas meus sentidos me iludem, minhas memórias me esvaziam.
É como se estivesse procurando ar no fundo de um lago, uma luz no fundo de um túnel.
As verdades mudam porque eu aprendi algo que não sabia. O que agora sei é que eu não sei.
Só que sei de algumas coisas.Ao ganhar algo especial, abri mão de muitas coisas. Duas metades não são iguais a um inteiro.
Eu achei que um bastava. E assim era. Achei que era paciente. E assim era. Achei que era suficiente. E assim era. Achei que era feliz. E assim era.
Mas as verdades mudam porque a vida muda. Antes, chorava pela fartura. Agora, choro pela falta. Puxa, como queria chorar não pela fartura, nem pela falta, mas pela suficiência!
Porém, algo que soma à minha vida me faz falta. Antes, não havia cálculo, apenas vida. Mesmo assim, que eu vivesse mil vezes... gostaria tudo novamente.
Por quê? Porque, sem isso, eu ainda acharia que sabia o que eu não sei. Talvez você saiba porque você não sabe.
E eu? Só sei que nada sei.
Ué, achei que já tinha respondido a esta pergunta... msn: nemchama@hotmail.com